Dicas para implementar um bicicletário no condomínio

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31 de dezembro de 2021

Autor Time Loft
Atualizado: 18 de setembro de 2023 4 min de leitura
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Seu condomínio está sem espaço para a bicicleta? Sem problemas! Vem aprender como criar um.

Em 2020, o uso de bicicletas cresceu no mundo inteiro. No Brasil, as vendas de bike subiram 34%, segundo a Aliança BIke. E para quem mora em um prédio e quer adotar esse hábito, surge uma nova pergunta: tem um bom bicicletário no condomínio? E se não tiver, como criar um?

Quando o bicicletário é obrigatório?

Na cidade de São Paulo, desde 2013 é obrigatório ter até 10% das vagas de estacionamento reservadas para bikes. O Decreto 53.942 se aplica tanto à reforma de prédios residenciais quanto a novos edifícios, que já devem ser entregues seguindo essa legislação.

Esses espaços para as magrelas têm características mínimas previstas em lei também, como no mínimo 2 metros de altura (no caso de um bicicletário fechado) e distância mínima de 75 centímetros entre os suportes.

E quando o condomínio não tem bicicletário, como criar?

No caso de prédios novos, devido à crescente popularidade da bike como meio de transporte, geralmente já rola a entrega com um bicicletário incluso. Como a gente viu no item anterior, na cidade de São Paulo ele é inclusive obrigatório.

Mas se você mora em um prédio mais antigo ou que não passou por uma reforma na garagem, pode estar pensando naquele cantinho em que todo mundo deixa as bicicletas, mas que claramente não foi feito para isso. E aí, como proceder?

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4 passos para criar um bom bicicletário de condomínio

Passo 1: Conversar com outros condôminos na assembléia

Para fazer uma mudança em uma área comum, é preciso conversar com os outros moradores. E para essa mudança poder ser implementada, ela precisa passar em votação em uma assembleia de condomínio, com no mínimo ? dos votos dos presentes.

Então, para começar, o ideal é levantar a bola na próxima assembléia e falar sobre a necessidade de ter um bicicletário no condomínio. Se houver interesse, o síndico pode ir atrás de mais informações sobre quanto custaria implementar etc. 

Se houver resistência, uma dica é sugerir ter um bicicletário durante um período de testes. Se não der certo, pronto! (Mas vai dar certo, temos fé.)

Passo 2: Escolher o tipo de bicicletário de condomínio

Existem basicamente três tipos de bicicletário de condomínio:

  • Bicicletário de ganchos de parede (bom para espaços menores)
  • Bicicletários de chão (mais fácil e acessível para diversos tipos de corpos)
  • Depósito com porta fechada a cadeado/senha e onde as bikes ficam estacionadas

Aí é preciso verificar onde o bicicletário poderia ficar no prédio e qual tipo de suporte faz sentido ali.

Passo 3: Determinar as regras do bicicletário

Como toda área comum, o bicicletário vai precisar de regras para os condôminos seguirem – lembrando que o condomínio não será obrigado a se responsabilizar por furto ou dano às bikes. (Inclusive, se a sua for daquele tipo caro, a sugestão dos especialistas é deixá-la em casa mesmo, por via das dúvidas.)

As regras de organização também são super importantes. Vai ser preciso usar uma tag para identificar o dono daquela bike, por exemplo? Ou talvez seja preciso um pré-cadastro em um livro de registro? Todas as bikes precisam ter cadeado? Se houver chave para o depósito, ela fica na portaria? Pode sair com ela pelo elevador ou só pela garagem? E por aí vai. 

Passo 4: Atualizar o espaço de 6 em 6 meses

Não é raro que algumas bicicletas em um bicicletário de condomínio acabem sendo deixadas de lado e esquecidas pelos donos. E aí ficam lá, ocupando espaço e acumulando poeira. 

Por isso, o indicado é que o condomínio faça um recadastramento das bikes de tempos em tempos, idealmente duas vezes por ano, e aí vá se livrando daquelas que agora não são mais usadas. Essa etapa é especialmente útil em condomínios grandes.

E, na verdade, dá para fazer melhor que isso! Em 2021, um condomínio na Barra da Tijuca fez esse recadastramento, reformou 15 bicicletas abandonadas e criou um sistema gratuito de bike compartilhada dentro do próprio prédio, com aqueles mesmos cartões de identificação usados para destravar os carrinhos de supermercado. 

Agora, os moradores pegam a bike emprestada para dar uma volta pela orla ou para pequenos passeios, e estão super satisfeitos. Legal, né?

Leia também: Morar em prédio com lavanderia compartilhada é para você? Descubra!

Bateu aquela dúvida na matéria que você leu? Deixe nos comentários que o Time Loft responde!

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