Tenho um financiamento e perdi o emprego. O que fazer?

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22 de abril de 2021

Autor Time Loft
Atualizado: 28 de agosto de 2023 9 min de leitura
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A crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19 causou imprevistos financeiros a muita gente, que se viu sem renda de uma hora para a outra. Porém, se você tem um financiamento e perdeu o emprego, não se desespere: existem alternativas para que você consiga algum alívio e possa honrar as parcelas ao banco. 

Ao longo deste artigo, vamos mostrar quais são as soluções possíveis oferecidas pelas instituições financeiras e como negociar com elas. Vamos apontar também os caminhos para baratear a sua operação de crédito e tirar suas dúvidas sobre o papel dos seguros imobiliários nesse momento de incertezas. 

Tenho um financiamento e perdi o emprego: afinal, o que fazer?

Se você tem um financiamento imobiliário e perdeu o seu emprego recentemente, não se desespere: você pode procurar o banco e explicar a sua situação. As instituições financeiras costumam oferecer alternativas para que os clientes não fiquem inadimplentes, especialmente se eles sempre pagaram as parcelas em dia. 

O desemprego é uma realidade de muitos brasileiros hoje, intensificada pelos impactos da pandemia de Covid-19. O país atingiu 13,9 milhões de desempregados no último trimestre de 2020, de acordo com o IBGE. Nos três primeiros meses do ano, esse contingente era de 12,2 milhões. 

Se você faz parte desse grupo, saiba que, além de negociar diretamente algum alívio com o banco, você pode usar o seu saldo do FGTS para compor as prestações ou amortizar parte do saldo devedor. Ou então, caso tenha contratado um seguro adicional para seu financiamento, pode acioná-lo alegando desemprego. Na pior das hipóteses, a solução é vender o imóvel.

Perdeu o emprego e não tem como honrar as parcelas? Confira algumas soluções possíveis nesse vídeo da Revista Exame

Como honrar as prestações em caso de desemprego?

Se você perdeu seu emprego e tem um financiamento imobiliário, vamos detalhar a seguir cada uma das estratégias que você pode usar:

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Negocie com o banco

É possível expor com honestidade a situação ao banco em troca de uma reconfiguração das parcelas, de forma a torná-las mais facilmente pagáveis. Há instituições que permitem até mesmo pausas nos pagamentos por alguns meses. A Caixa é uma delas – mas é preciso que o cliente se enquadre em uma série de regras exigidas pelo banco. 

De qualquer forma, não deixe as prestações se acumularem para negociar com o banco – a disposição deles em oferecer uma solução aumenta quando o cliente é um bom pagador. Afinal, é preferível ter alguma previsibilidade de pagamento que um devedor inadimplente. 

Use o FGTS  

Se você tiver saldo suficiente, pode recorrer ao FGTS para compor até 80% das parcelas (por 12 meses, renováveis a cada ano) ou amortizar uma parte da dívida. Porém, para pagar diretamente parte do saldo devedor, você precisa estar com as prestações do financiamento em dia. 

É importante lembrar que só pode usar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em um financiamento:

  • Quem não tem outro financiamento ativo pelo SFH
  • Quem tiver pelo metros três anos (consecutivos ou não) sob o regime de trabalho do FGTS
  • Quem não é proprietário previamente de um imóvel no município onde mora ou onde trabalha (ou nas cidades limítrofes) 

Acione um seguro opcional

O seguro prestamista é uma proteção adicional que não é obrigatória para operações de crédito em geral, como empréstimos e financiamento de automóveis. Alguns bancos, como o Bradesco, oferecem esse tipo de seguro, que cobre a perda de emprego, em um financiamento imobiliário. 

Além do desemprego, outros sinistros cobertos nessas apólices normalmente são incapacidade física total ou temporária e morte e invalidez permanente. A indenização serve para amortizar ou quitar uma dívida. Essa indenização é diferente para cada sinistro, conforme previsto no contrato original assinado com a seguradora.  

Se você tem receio de perder o emprego ao longo do financiamento, contratar um seguro adicional pode ser uma saída válida para você. Só não esqueça que ele tem um custo – e esse custo aumenta conforme a idade do mutuário.

Caso você já tenha contratado um seguro desses, deve comunicar o sinistro imediatamente à empresa responsável pelo serviço. Ela provavelmente vai requisitar documentos e fazer uma perícia antes de liberar o dinheiro da indenização. 

Recorra à venda do imóvel

Se você não conseguiu usar o FGTS para compor as parcelas, negociar com o banco ou acionar um seguro que já tenha, uma saída possível é vender o imóvel financiado. Especialmente se não tiver nenhuma perspectiva de sair do desemprego tão cedo. 

Mesmo com parcelas a pagar, a propriedade pode ser comprada. Nesse caso, parte do dinheiro da venda vai quitar o saldo devedor e a outra parte vai para o bolso do vendedor. Essa decisão precisa ser comunicada ao banco, que vai apurar o valor da dívida e emitir um boleto para que ela seja quitada  – caso o comprador consiga pagar à vista. 

Financiamento imobiliário da Caixa: o que fazer em caso de perda de emprego

O financiamento imobiliário da Caixa oferece uma série de alternativas em caso de perda de emprego. Em outubro do ano passado, por causa da pandemia, o banco anunciou que os mutuários poderiam pagar parcelas reduzidas por três ou seis meses. As opções são pagar 50% ou 75% das parcelas, respectivamente. O valor não amortizado seria incorporado ao saldo devedor e redistribuído pelo prazo de pagamento.

O banco também mantém algumas possibilidades de pausa nas parcelas, delimitadas por uma série de regras. É possível, por exemplo, pausar uma prestação mensal se você tiver com as demais parcelas em dia ou com atraso inferior a 29 dias da data em que o benefício foi pedido. As últimas 11 parcelas, por outro lado, precisam estar em dia. O pedido é feito apenas por telefone (4004 0104 para capitais ou 0800 104 0104 para demais cidades).

Já a pausa estendida da Caixa pode englobar de seis a 12 prestações. Para solicitá-la, o mutuário deve ter obrigações em dia com o banco e no mínimo 24 prestações já pagas. O valor da dívida tem que ser menor que 80% do valor do imóvel e o FGTS não pode estar em uso no pagamento de prestações. 

Existe seguro-desemprego incluído no financiamento imobiliário?

Entre os dois seguros obrigatórios para financiamentos imobiliários pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), não há nenhum seguro-desemprego incluído. Você só vai contrair crédito imobiliário junto com um seguro que cobre Morte e Invalidez Permanente (MIP) ou Danos Físicos ao Imóvel (DFI)

No entanto, o programa Minha Casa Minha Vida (rebatizado de Casa Verde e Amarela) tinha incluído nas parcelas um seguro que protegia o comprador em caso de desemprego ou mesmo perda de renda. Era destinado às famílias mais carentes atendidas pelo programa. Tratava-se do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab)

No entanto, desde 2015, esse recurso não está mais disponível nos financiamentos do programa, já que o fundo atingiu o número limite de contratos ao final daquele ano. Esse limite de contratos estava previsto na própria legislação que regula o FGHab

Como pedir um seguro desemprego em um financiamento imobiliário

Você pode pedir um seguro adicional para desemprego em um financiamento imobiliário diretamente à instituição financeira com a qual assinou o contrato. Normalmente, os bancos mantêm parcerias com as seguradoras, quando eles mesmos não oferecem esse tipo de serviço. Será preciso assinar um contrato de adesão e pagar uma taxa mensalmente para usufruir de um seguro prestamista

A Loft ajuda a tornar seu financiamento mais vantajoso

A Loft Cred é uma assessoria de crédito imobiliário que orienta e auxilia o comprador de um imóvel ao longo de todo o processo de negociação com os bancos. O grande diferencial desse serviço é que o cliente não guarda dúvidas ou se sente desamparado: a assistência personalizada do nosso time garante que seu financiamento ande mais rápido e seja mais vantajoso para o seu bolso. Isso evita dificuldades futuras em honrar as parcelas. 

Procuramos os principais bancos do país atrás das melhores ofertas de crédito para o seu perfil. Você tem a chance de comparar todas as propostas dos bancos. E, com a nossa análise em profundidade, escolher as melhores condições existentes no mercado. “A gente consegue indicar àquela pessoa que, dentro do prazo e das expectativas dela, aquele é o melhor negócio”, explica Roberta Oka, especialista em financiamentos da Loft Cred

Feito isso, a Loft Cred orienta você com os documentos necessários para ter o crédito e os detalhes jurídicos da operação aprovados pelo banco. Também detalhamos quais seguros estão incluídos na operação, quais são os seguros adicionais disponíveis para você e tiramos todas as suas dúvidas sobre cada aspecto do contrato. 

Esse documento será assinado no conforto da sua casa – a Loft Cred envia o contrato até você. Todo esse serviço não tem custos para o cliente, e inclui qualquer imóvel que você queira comprar. 

Clique aqui para financiar imóvel com o suporte da Loft Cred

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