O que é financiamento imobiliário sem entrada e como fazer?

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28 de junho de 2023

Autor Time Loft
Atualizado: 30 de agosto de 2023 7 min de leitura
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Fazer um financiamento de imóvel sem entrada pode ser uma saída para quem não tem qualquer quantia em mãos para pagar à vista. Apesar de bancos só liberarem crédito se o cliente pagar um percentual de entrada, é possível conseguir um financiamento sem entrada. Ao longo deste texto, vamos explicar quais são essas opções e como consegui-las.

O que é financiamento imobiliário sem entrada?

É possível fazer um financiamento de imóvel sem entrada. No entanto, essa é uma opção limitada. As principais alternativas são comprar diretamente com uma construtora, parcelando esse pagamento, ou ainda se enquadrar nas menores rendas atendidas por programas habitacionais.

Na prática, bancos com oferta de financiamento imobiliário sem entrada praticamente não existem. As instituições financeiras só aceitam emprestar até 80% do valor do imóvel. Isso significa que a entrada representa 20% do valor do imóvel, e terá que sair do seu bolso. 

O FGTS pode ser uma boa maneira de compor essa entrada, se seu financiamento for elegível para movimentação de recursos do fundo. 

A forma de pagamento da entrada varia caso a caso. Mas essa quantia não passa pelas mãos do banco credor. Ele é responsável apenas por pagar o restante do valor ao vendedor uma vez que o contrato de financiamento seja firmado e registrado. 

O pagamento da entrada é acordado entre o comprador e o vendedor. Eles podem combinar que o valor será pago à vista ou em dez vezes. Nesse sentido, é comum que o valor e a forma de pagamento da entrada, assim como o sinal (uma parcela pequena da entrada) sejam combinados em um contrato particular.

É comum que exista um contrato de compra e venda para combinar esse sinal, o prazo de pagamento, e garantir a operação. É uma promessa de compra e venda, mas o documento do banco é que de fato vale como escritura.

Como fazer um financiamento de imóvel sem entrada? 

Até 2020, existiam duas formas de fazer um financiamento sem entrada: financiar um imóvel na planta diretamente com uma construtora ou ingressar em uma das faixas de subsídio do programa Minha Casa Minha Vida

No entanto, no final deste ano, o Governo Federal publicou uma Medida Provisória (MP) mudando as regras do Minha Casa Minha Vida. Ele foi rebatizado de Casa Verde e Amarela, e não deixa claro se subsídios concedidos serão suficientes para comprar uma casa sem entrada. 

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Comprar apartamento sem entrada com construtoras

Uma forma de comprar apartamento sem entrada é negociar direto com construtoras. Na fase de venda de apartamentos na planta, quando as unidades ainda estão em construção, algumas empresas aceitam flexibilizar o pagamento da entrada. 

Esse valor pode ser parcelado em muitas vezes, então você não precisa entregar uma quantia de dinheiro à vista para a empresa. Isso porque quem vende imóvel na planta está mais preocupado em conseguir compradores para as unidades, que sequer estão prontas. Portanto, está mais propenso a oferecer condições especiais. 

Se optar por essa modalidade, tenha em mente que você não poderá ter pressa para se mudar. Procure também negociar com uma construtora confiável, que seja conhecida por empreendimentos de qualidade. 

Comprar apartamento sem entrada pelo Minha Casa Minha Vida

Comprar apartamento sem entrada pelo Minha Casa Minha Vida era uma alternativa possível até 2020 para quem ocupasse a faixa de renda mais baixa, a Faixa 1. Pelas regras do programa habitacional, esse grupo deveria ter renda familiar inferior a R$ 1,8 mil mensais. 

O regulamento do Minha Casa Minha Vida previa que essas famílias teriam subsídio habitacional de até 90% do preço do imóvel. O valor restante seria pago em até 120 meses, em prestações mensais de R$ 80 a R$ 270. Como toda a quantia do pagamento reside nas parcelas, os compradores teriam os próprios apartamentos com zero de entrada. 

No entanto, em agosto de 2020, o Governo Federal publicou uma Medida Provisória (MP) criando o programa Casa Verde Amarela, em substituição ao Minha Casa Minha Vida. A MP, até a elaboração deste artigo, aguardava aprovação no Senado.

Com a reformulação, a faixa de renda mais baixa passou a ser o Grupo 1, com famílias de renda até R$ 2 mil mensais. Essa faixa, em vez de parcelas fixas, pagará juros mais baixos pelo imóvel financiado. Mas não se sabe ainda como funcionará o subsídio dentro do intervalo de renda. Nem se ele permitirá o financiamento do imóvel sem entrada. 

Até o momento, a Caixa informou, em seu site oficial dedicado ao programa, os subsídios máximos para cada faixa de renda:

  • Famílias com renda de até R$ 2 mil mensais: os subsídios chegam até R$ 47,5 mil de acordo com a sua renda e região. O prazo de pagamento é de 30 anos e os juros podem chegar a 4,75% ao ano (no mínimo).  
  • Famílias com renda bruta de até R$ 4 mil mensais: os subsídios podem atingir R$ 29 mil variando de acordo com a renda familiar e a região onde está o imóvel. 

Em entrevista ao Estadão em setembro de 2020, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que não havia dinheiro para contratar novas habitações para famílias de renda mais baixa. 

“Para fazer novos empreendimentos na Faixa 1, tem de ter orçamento. Só terão novas (casas) se o Parlamento decidir que há recurso para isso”, afirmou Marinho ao jornal, informando que 200 mil unidades cuja entrega está programada serão concluídas.  

Como funciona o financiamento de uma casa com o FGTS?

Entender como funciona o financiamento de uma casa com o FGTS é uma alternativa para conseguir não gastar dinheiro do seu próprio bolso com a entrada. Nesse caso, você pode financiar qualquer imóvel de até R$ 1,5 milhão.

O FGTS pode ser usado para compor o valor da entrada. Mas para isso, você deve ter no mínimo três anos de trabalho com carteira assinada, ainda que não consecutivos e em diferentes empresas. O comprador também não pode ser proprietário de um imóvel na cidade onde mora ou trabalha, nem em cidades da mesma região metropolitana. 

Para usar o FGTS, algumas outras regras são: 

  • O imóvel precisa ser financiado na cidade onde você mora ou trabalha, ou em municípios da mesma região metropolitana.
  • Não ter um financiamento em aberto pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
  • O imóvel financiado precisa ser urbano e residencial e também ser usado para a moradia do comprador.
  • O imóvel a ser comprado não pode ter sido adquirido com recursos do FGTS há menos de 3 anos (contando a data do registro de aquisição do imóvel)

Como comprar um imovel com renda baixa?

Fornecemos ao longo deste artigo algumas opções para baratear ou não pagar a entrada do financiamento imobiliário. Uma delas serve também para quem tem baixa renda e quer financiar: ser incluído no programa habitacional Casa Verde e Amarela (antes Minha Casa Minha Vida). 

De acordo com a Caixa, pode ingressar no programa qualquer família com renda mensal de até R$ 7 mil mensais. Essas famílias pagam juros reduzidos, proporcionais aos seus vencimentos. No entanto, como já vimos, os subsídios limitam-se às famílias com renda mensal inferior a R$ 4 mil.

Outra alternativa é comparecer às agências da Caixa para solicitar o financiamento. Você também pode entrar em contato com a construtora responsável pelo empreendimento ou uma entidade organizadora (se a unidade for vinculada a um empreendimento da Caixa).

Como financiar pagando menos?

Agora que já entendeu as possibilidades para o pagamento da entrada, que tal conseguir o financiamento mais barato e vantajoso possível? Uma assessoria de crédito pode te ajudar. Negociando diretamente com grandes bancos e garimpando as melhores condições possíveis oferecidas para o seu perfil, a Loft Cred consegue as melhores taxas do mercado.

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