
Confira os bairros que mais valorizaram em São Paulo, qual a alta no preço médio de venda de apartamentos e a nova taxa mínima da Caixa, entre outras novidades.
O atípico ano de 2020 segue surpreendendo positivamente no mercado imobiliário brasileiro, principalmente devido ao crédito imobiliário mais barato e ao isolamento social, que intensificaram a permanência em casa e criaram novos desejos de moradia.
Estudo inédito da Loft mostra que, em SP, o preço anunciado é 17% maior que o preço de venda
Levantamento da Loft publicado com exclusividade pela EXAME.com tangibilizam o que os corretores de imóveis já sabiam: há uma diferença considerável entre os preços anunciados e os preços praticados quando o negócio fecha de verdade. Em São Paulo, essa diferença é de 17%, em média.
Ela existe por motivos culturais, como, por exemplo, para dar margem de negociação, mas também dificulta a avaliação realista do preço médio por metro quadrado. No Jardim Paulista, a diferença chega a 55%. Em Pinheiros, chega a 30%.
Loft aponta os bairros que mais se valorizaram em SP
A mesma pesquisa da Loft também calculou, de acordo com dados das matrículas dos imóveis, quais foram os bairros que mais e menos se valorizaram em São Paulo, em agosto de 2020.
Entre os três bairros que mais se valorizaram:
- Campo Belo (+32%, mediana de R$ 7,7 mil/m2)
- Vila Romana (+28%, R$ 9 mil/m2)
- Brooklin (+25%, R$ 11,3 mil/m2)
Já os três bairros que mais se desvalorizaram são:
- Jardim Paulista (-17%, R$ 7,4 mil/m2)
- Vila Madalena (-17%, R$ 10 mil/m2)
- Itaim Bibi (-11%, R$ 10,4 mil/m2)
Cresce o interesse por comprar, e não alugar imóveis
De acordo com pesquisa do portal Imovelweb, as intenções se inverteram ao longo dos últimos doze meses: se em setembro de 2019 a maioria das pessoas preferia alugar um imóvel, hoje há 63% interessados em comprá-lo versus 37% interessados em alugá-lo.
Outra pesquisa, conduzida pelo DataZAP, encontrou números parecidos. Para 60% dos 700 entrevistados, este é um bom momento para comprar um imóvel. Desses, 92% desejam um imóvel para moradia e 8% para investimento, e ambos buscam majoritariamente apartamentos. Para 37%, no entanto, as incertezas política e financeira ainda causam receio.
Sobe o preço médio de venda de apartamentos no Brasil
O Índice FipeZap aponta que, em setembro, o preço médio de apartamentos à venda aumentou 0,53%. Em 2020, a alta acumulada é de 2,31%. O cálculo leva em conta os preços de imóveis anunciados online em 50 cidades do país.
Recorde de vendas de imóveis em julho: número é o maior desde maio de 2014
O balanço de vendas de julho de 2020 da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, divulgado em outubro, aponta que houve crescimento de 58% nas vendas na comparação com junho de 2019. As cerca de 13 mil unidades vendidas naquele mês são o maior número desde maio de 2014.
O acumulado anual, entre julho de 2019 e julho de 2020, aponta para 125.380 imóveis vendidos, um aumento de 9% no volume total.
Caixa anuncia juros mais baixos para crédito imobiliário para pessoa física
Continuando a tendência de crédito imobiliário mais barato, a Caixa Econômica Federal anunciou em outubro uma nova taxa mínima de financiamento imobiliário para pessoas físicas: 6,25% + TR ao ano. Antes, era 6,5%.
Além disso, há novidades como carência de pagamento (6 meses para novos contratos fechados até 30 de dezembro) e pagamento parcial das parcelas. Os descontos nas prestações variam a depender do período: 25% por até 6 meses e entre 50% e 25% por até 3 meses.
A expectativa da Caixa com essas ações é conceder mais R$ 83 bilhões em crédito imobiliário. Em outubro, o banco atingiu o recorde histórico de R$ 500 bilhões em crédito imobiliário.
Trimestre registra R$ 5,5 bilhões em vendas no Brasil
Entre julho e setembro de 2020, o Valor Geral de Vendas de lançamentos de 12 grandes incorporadoras brasileiras foi de R$ 5,775 bilhões, um crescimento de quase 30% em relação ao mesmo período de 2020. Suas vendas também cresceram, em 36%, para R$ 5,5 bilhões.
Prefeitura de SP libera número recorde de construções
E o crescimento não deve parar por aí: nos últimos 12 meses, a Prefeitura de São Paulo liberou 973 alvarás de construção na cidade, 10% a mais que no período anterior. Metade dessas autorizações é para edifícios na zona leste, enquanto 23% são para a zona norte.
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