
Em São Paulo, duas famílias hoje vivem melhor em cômodos recém-reformados em suas comunidades. Conheça suas histórias!
“Eles vão poder andar em casa descalços, vão poder brincar!” Essa foi a reação de Elisângela Gonçalves, moradora do Parque Santo Antônio, em São Paulo, após ver reformado um cômodo na casa que divide com o marido e com os três filhos. A obra foi fruto da parceria entre Loft e o Programa Vivenda, uma empresa social que oferece reformas residenciais em comunidades de baixa renda a preços acessíveis.
Ao reverter parte do valor da venda de seus imóveis, a Loft custeou a transformação no espaço da casa da Elisângela, que ganhou forro no teto, piso e paredes pintadas – o sonho da mãe e proprietária. “Eu nem dormi. Fiquei muito ansiosa”, diz ela, logo antes de conhecer o resultado. “Meus filhos estão muito ansiosos por isso e creio que vai ser uma melhora para eles.”
A ideia é que cada apartamento vendido pela Loft contribua para reformas em casas em comunidades de baixa renda e que abrigam famílias que não têm condições financeiras de pagar por elas. Desde julho de 2019, já foram concluídas sete obras.
“Acho que é uma responsabilidade de todos e de todas as empresas atuarem de uma forma mais responsável perante o que temos no mundo hoje”, diz Kim Machlup, líder de planejamento de reforma e impacto da Loft. “É isso que a gente está tentando fazer: com que pequenas ações e pequenas transformações criem transformações muito maiores.”
Como mais uma das histórias que o projeto da Loft com o Programa Vivenda impactou, também conhecemos a Stephanie Carvalho, mãe de três filhos pequenos que queria resolver problemas de luminosidade e infiltração no quarto, em Jangadeiro, Paranapanema. “É muito escuro aqui dentro. Acho que tem que ser bastante claro para as crianças”, explica ela sobre o estado anterior do cômodo.
Pós-reforma, com novo piso, forro e janela, Stephanie diz se sentir “mais acolhida, mais cuidada e mais importante” e que seus filhos estão mais seguros. “A primeira noite em que acordei aqui, olhei em volta e pensei nos meus filhos. Fiquei meio tonta e pensei: sério que está acontecendo isso? Não é um sonho?”
O Programa Vivenda e a habitação no Brasil
Cerca de 13 milhões de residências no Brasil têm algum tipo de carência de infraestrutura básica, como falta de eletricidade, abastecimento de água e coleta de resíduos sólidos. Um milhão delas não possui banheiros. Na região metropolitana de São Paulo, o estado mais rico do país, 441 mil domicílios não têm esgotamento sanitário.
Números como esses fizeram surgir o Programa Vivenda. Como demonstram as histórias de Elisângela e Stephanie, uma casa reformada oferece muito mais que conforto: traz também novas oportunidades para toda a família. “O impacto da reforma não é só na dimensão física, é muito mais”, explica Fernando Assad, um dos empreendedores por trás da ideia. “Ouvíamos coisa, por exemplo, como: ‘Agora meu filho pode estudar porque tem um lugar para apoiar o livro’.”
Há seis anos na ativa, o Vivenda atua em São Paulo e já reformou mais de 1.000 residências. Para tornar o processo mais eficaz, criou kits para banheiros, cozinha, área de serviço, sala e quartos que são ponto de partida para as reformas. A partir deles, os clientes podem consultar arquitetos e a equipe do programa se encarrega da mão de obra e compra de materiais.
Se for financeiramente possível para o morador, ele mesmo custeia a obra e pode parcelá-la em até 15 vezes. Se não for, a reforma pode ser paga por terceiros através de doações – caso da Loft, que reverte uma parcela das vendas de seu portfólio de apartamentos à venda para o projeto.
“O objetivo da Loft é transformar o mercado imobiliário. O mesmo se aplica hoje para o olhar de impacto aqui dentro – em como a gente consegue também transformar a sociedade e a vida na cidade”, observa Kim.
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